1 – Vamos começar pelo seu nome, sua descendência é Irlandesa, correto?

Sim. Sou descente de irlandeses por parte de mãe e de indígenas da tribo Cariri por parte de pai.
O “O” seguido de apóstrofe indica que é uma família católica irlandesa. Na reforma protestante de 1534 minha família precisou
esconder que era católica para não ser queimada na fogueira e por gerações O’Maihlan virou Mollan até que o nome original foi resgatado por meus pais.

2 – Ficamos impressionados com sua bela forma física no ensaio para A Quarentena Mag? Como é feita sua preparação e sua rotina?

Sempre gostei de treinar, mais que saúde e bem estar é uma terapia para mim.
Meu novo personagem Artabano é um general do exército Persa que lutara na batalha contra os 300 liderados por Leônidas em Termópilas.
Decidi que era preciso construir um corpo que compusesse com o personagem. Sempre me alimentei bem a partir das minhas pesquisas pessoais, mas pela primeira vez, recorri a uma nutricionista especializada em atletas, a Doutora Larissa Toth, que fez uma dieta personalizada e lá fui eu comprei uma balança e pesar todos os nutrientes das minhas refeições.

3 – Sabemos que você começa a gravar esta semana fora do país, pode falar um pouco sobre a novela e sobre o personagem?

Artabano é comandante do exército do império Persa, na minissérie “A Rainha da Pérsia” que começa suas gravações dia 6 de fevereiro em Marrakesh, no Marrocos.
Não posso revelar muito mas posso dizer Artabano é um personagem ambíguo, de várias facetas que vai abalar os alicerces da ordem estabelecida no império Persa.

4 – É verdade que você começou sua carreira como modelo? Conta pra gente um pouco como foi essa experiência e o que é a moda pra você?

Comecei como modelo/ator aos 15 anos ainda numa agência de crianças chamada Tutti Modeli, pegava comerciais onde prevalecia o acting, ainda que sem fala. Só depois de mudar pra agências um pouco maiores é que o mercado fashion se apresentou, e no meio disso fiz minha primeira peça Clarão nas Estrelas. Viajei como modelo para Paris, Itália, Londres, Japão e Nova Iorque e lá participei do longa metragem ZooLander dirigido por Ben Styler. Voltei e comecei um curso de atuação na agência de modelo L’Equipe em
São Paulo. Dali fiz um teste para Oficina de Atores da Rede Globo e fui morar no Rio de Janeiro onde minha carreira como ator deslanchou e virou minha atividade principal. Modelar para mim se tornou um linda expressão artística e embora faça esporadicamente, adoro tirar fotos com arteiros como o Ronaldo Gutierrez e Ana Kriztina como nesse ensaio que trago aqui pra vcs.

5 – Quais seus planos para 2024 e o que espera em relação a arte brasileira?

2024 está sendo um ano de muitas aventuras. Embarco nessa viagem na minissérie A Rainha da Pérsia e, em junho espero meu primeiro filho o Mikael. No teatro, estou em fase de captação para a peça O Meio da Jornada, escrita por Rafael Primot e dirigida por José Roberto Jardim em que dividirei o palco com Silvia Pfeifer. A peça apresenta personagens lidando com seus conflitos e também aborda o tema da influência da Inteligência Artificial nas relações afetivas.

Sempre foi uma batalha ser artista no Brasil, e em 2024 não será diferente, mas o artista brasileiro, dinâmico e versátil acha o caminho de resistir e da tormenta, colher a flor.
Estamos em uma época de muitas mudanças, crise do sistema político e econômico, guerras, e a transformação das relações humanas através da tecnologia. São períodos assim em que a arte se faz mais necessária para guiar a humanidade nesse processo de transição.

6-O que podemos esperar de Caetano O’Maihhlan nesta nova temporada? E deixe uma mensagem que te inspira para nossos leitores.

Podemos esperar um homem entusiasmado com os imensos desafios propostos pela carreira e pela vida, ansioso pela completa transformação que vira com a paternidade.

Lembrando que coragem não é não ter medo, mas sim enfrentar o medo e atuar no mundo vivendo a aventura que o desconhecido propõe.