Gil Coelho

Edição especial!

Gil Coelho

Créditos

Ator: @gilcoelhoo
Foto: @priscilanicheli_ph
Stylist: @samantha_szczerb
Arte: @pnfotosrj
Entrevista: @guelidn
Assessoria: @julycaldas
Editor-chefe: @ronaldorobim

Entrevista...

1. Quais foram os desafios mais significativos que enfrentou ao interpretar personagens diversos na televisão, teatro e cinema, e como lidou com esses desafios?

É muito engraçado isso, porque todo personagem que a gente começa, eu, pelo menos, acho que nunca vou conseguir fazer, eu fico inquieto. Cada cena é um estudo, uma coisa diferente. Eu agora vivo o Franco, que é um gerente de um banco, um personagem aparentemente muito diferente de todos que eu já fiz, um personagem do cotidiano, que é como um advogado. E os outros personagens que eu fiz foram mais direcionados, mais pontuais. Fiz um príncipe que falava alemão, ou um cara mais boa pinta ou um jovem engraçado, todos eram personagens com traços bem marcantes. O Franco é o gerente de um banco, onde a novela se passa, muitos personagens passam lá, e é óbvio que ele é mais um dos personagens que obedece, né? Um subordinado ao Antônio. Então ele é um personagem sem muitas características, que são personagens normais, na verdade fui colocando características. Os traços mais engraçados… ele fica sabendo as notícias da cidade, então mal ou bem tudo passa por ele, o banco sempre é um lugar, uma cidade pequena onde se passam as informações, se passam as histórias. Então, acaba que fica sabendo de tudo, acaba virando meio fofoqueiro.hehehe Isso foi muito legal, que isso a gente foi descobrindo junto com a trama, junto com o autor, o Walcyr, que é maravilhoso.
Agora, vamos lá, o personagem que foi bem diferente na minha vida, pra mim foi o I Love Paraisópolis. Eu estava fazendo teste pro personagem, que era pra ser o mocinho da novela, e aí não rolou, mas aí a Márcia Andrade, gênia, produtora de elenco, teve o olhar de achar que eu poderia fazer o personagem de humor da novela, que chamava o Lindomar. Fiz o teste do Lindomar, passei. A novela foi um marco pra mim, como ator, como pessoa. Ali eu até acredito que tenha sido uma grande virada de chave na minha carreira.

2. Você possui uma presença marcante nas redes sociais. Como a interação com seus fãs e seguidores afeta a sua abordagem à carreira artística e ao engajamento com o público?

Sim, sou uma pessoa que tem Instagram, todas as redes sociais. Agora eu fiz Tiktok, mas ainda não domino muito o aplicativo. O Twitter é uma coisa que a gente acaba tendo, né? Para saber as notícias em tempo real. Leio muitos comentários que fazem sobre a novela, sobre o personagem. Engraçado, às vezes eu escrevo meu nome no Twitter. Aparecem coisas engraçadas, como… Gente, acabei de passar pelo Gil no shopping. Ele é isso, ele é aquilo, ele é muito legal, e ela nem falou comigo, mas ela botou no Twitter. Isso é muito legal, é divertido. O Instagram, que é a plataforma… É o aplicativo que eu costumo mais usar, eu tô sempre olhando ele. Sempre olhando as mensagens. Quando eu consigo respondo. Às vezes são coisas que não tem resposta. Mas eu tô sempre tentando manter uma interatividade legal com os seguidores. Respondendo comentários. Acho que, hoje em dia, as redes sociais têm uma potência muito grande pra gente mostrar um pouco do nosso dia a dia. Pra galera que admira o seu trabalho conhecer um pouquinho mais da pessoa. Acho muito legal.

3. De que maneira você escolhe os papéis que interpreta? Existe algum critério especial que o guia na seleção de personagens e projetos?

Agora, por acaso, estou escolhendo uma peça de teatro para fazer. E aí tem pessoas que me ajudam, historiadores, dramaturgos, amigos que fizeram teatro. E as pessoas às vezes me perguntam qual linha você quer, humor, drama? Eu sempre costumo dizer, eu quero um bom texto, sabe? Eu quero falar com o público de uma maneira, um texto interessante, um texto que toque a plateia, que toque as pessoas que estão assistindo. Sobre os papéis…isso depende muito dos diretores, né? Quando os autores, os produtores de elenco, os diretores, eles vêm te convidar, eles vêm mostrar sobre…falar um pouco sobre o personagem, sabe? Existem muitas vezes pessoas que não dependem nem muito dos personagens, às vezes, são diretores, autores que você quer trabalhar… Envolvem muitas questões antes do, propriamente, dito do que é o personagem. Envolvem muitas questões por trás disso tudo.
Os projetos futuros que eu tenho pensado… realmente, como eu falei, estou em busca de um espetáculo teatral. Estou rascunhando sinopses, argumentos, ideias de filmes, ideias de séries com os amigos também que adoram escrever, adoram pirar sinopse, adoram se movimentar nesse lugar. Então, nesse momento de hoje, eu tenho pensado mais nesse lugar, de novos caminhos, novos rumos para eu tomar. Gostaria de compartilhar isso com os fãs, que quem também tiver um bom texto, uma boa ideia, uma boa peça de teatro, gente, me mandem no Instagram. Vai ser bem interessante. Às vezes eu penso muito em ouvir ideias, sabe, dos seguidores, porque eu acho que tem tanta gente com ideias incríveis que às vezes só não temos oportunidade de poder mostrar isso. Então, gente, estou achando aqui um caminho aberto, um canal aberto, que as pessoas possam me mandar ideias interessantes, que talvez a gente possa, quem sabe, levar aí pra frente.

4. Como você enxerga o papel do artista na sociedade atual e quais são as mensagens ou temas que busca transmitir por meio do seu trabalho artístico?

Para mim, a cultura indígena é fundamental na identidade, na construção da identidade do Brasil. Quando eu tenho um personagem, eu estudo vários meios de lugares, de caminhos diferentes que eu possa chegar à linha dramática desse personagem. Quando eu descobri que o meu personagem ia ter um envolvimento com a da Rafaela, que é a Yandara, hoje eu sou um cara que sou totalmente movido e fascinado sobre essa cultura indígena, sobre a literatura do Brasil. Eu amo ler livros. E eu sou muito fã de um escritor chamado Ailton Kerenaki. Foi mais ou menos nessa época, eu estava lendo “A Vida Não É Útil”, e aí eu comecei cada vez mais a me inteirar do assunto. Eu converso muito com o Daniel Mandokuru, no backstage, nos bastidores da novela, a gente troca outras ideias. Inclusive ele me deu um livro incrível. E a gente trocou muito em relação aos personagens, ao caminho, a tudo. E a Rafaela, muito querida, uma amiga de cena muito incrível, a gente sempre conversa sobre os povos ancestrais, sobre qualquer tipo de riqueza do nosso país, da nossa identidade.

5. Além da arte, quais são seus interesses e atividades que lhe trazem satisfação pessoal e equilíbrio na vida cotidiana?

Olha, além da arte, claro, eu costumo dizer que minha vida é muito em volta da arte. Às vezes as pessoas me perguntam, se eu não fosse ator, o que é que você seria? Olha, isso é uma pergunta para mim que é mais difícil de responder do que a qualquer uma, assim, porque desde o momento em que eu acordo, que eu vou fritar um ovo, eu já penso em fazer um ovo diferente. Já tem a arte da culinária, a arte da gastronomia, sabe. A arte de pesquisar coisas novas. É a arte de pensar em começar a escrever ou pensar em ideias para dirigir. Eu acho que eu vivo 24 horas sempre com pensamentos, como, nossa, isso seria legal! Nossa, que tal isso? Ligo para amigos por telefone e falo, gente, pensei nisso, o que você acha? Semana passada, mesmo, liguei para o Maurício Destri, e disse, Maurício, estou pensando em fazer aí nessa área de lazer que você tem, nessa área verde que você tem aí na tua casa. O que você acha? Ele, amigo, acho que pode ser legal, vamos experimentar. Isso eu já entendi que ele achava que não era bacana, mas é isso, expus o que eu pensei e é isso, a gente vai entendendo aonde funciona e onde não funciona.

Eu acredito que o relacionamento sempre é diferente… Desde que as pessoas têm suas culturas, as pessoas têm seus desejos, as pessoas têm suas educações, sua criação… Cada criação é muito diferente da outra. Então pra mim já tem um desenvolvimento, um relacionamento totalmente diferente, um com o outro. Eu acho que o amor é capaz de superar qualquer tipo de distância. Quando eu digo relacionamento eu digo qualquer tipo de relacionamento mesmo. Às vezes a gente tem um relacionamento com o irmão, que foi criado pelo mesmo pai, pela mesma mãe, que é totalmente diferente de você. Então isso já é um relacionamento. Eu costumo dizer que o amor é a salvação do mundo. O amor é a única coisa que pode curar um mundo de qualquer tipo de doença, de qualquer tipo de guerra, de qualquer tipo de uma coisa que não consiga ser curada.

6. Quais são seus projetos futuros na área artística que mais o entusiasmam e que gostaria de compartilhar com seus fãs?

Essa é uma pergunta que eu não tenho ideia, mas que só os autores têm. Mas eu acredito, junto com o grande público que assiste a novela, junto com as mensagens que eu recebo, que a galera quer muito que o Franco tenha um fim de relacionamento com a Yandara juntos. Positivo. Eu torço muito para que isso aconteça, porque eu acho que foi tão bonito o caminho que a gente foi construindo. Tão carinhoso, tão romântico, que aí eu acho que ele é o verdadeiro amor, sabe? O verdadeiro amor existe e tá ali nesse casal. Eu torço muito para que o Franco dê certo com a Yandara . Agora se podemos esperar, isso eu já não tenho ideia, mas eu quero que todo mundo reaja com a felicidade do casal e quero muito que o Franco lute pelo amor da Yandara e que não desista até o fim.

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